quinta-feira, 4 de novembro de 2010

EXCLUSIVO: Entrevista com Caco Ciocler


O Blog da Ciça bateu um papo super divertido com o ator e diretor Caco Ciocler ontem à tarde. Ele é o homenageado do VI FestCine de Goiânia e participou da abertura do evento, que aconteceu no Goiânia Ouro e teve a apresentação do longa “Um Dia de Ontem”, no qual Caco é protagonista.

Muito simpático e sem formalidades, ele falou sobre carreira, trabalho e a participação no filme de Thiago Luciano e Beto Schultz. Confira nossa conversa exclusiva!


BC - Caco, primeiramente parabéns pela homenagem do FestCine de Goiânia, estamos muito felizes em tê-lo aqui. A propósito, é sua primeira vez na cidade?

Caco – Em Goiânia? Não é. Agora, assim, eu tenho uma memória péssima! (risos) Eu lembro do hotel, do restaurante em que eu comi, mas não me lembro quando estive aqui.

BC – É sempre uma honra ser homenageado, né? Mas, para você, o que este tipo de reconhecimento significa na sua carreira? Você já imaginava isso quando ainda fazia Engenharia?

Caco – Não... Mas é engraçado porque a primeira sensação que eu tive quando eu fiquei sabendo, foi ‘Nossa! To ficando velho, cara, já vão fazer uma homenagem pra mim! E essa é a primeira vez que eu estou sendo, então é uma honra especial.

BC – E que bom que a primeira seja aqui em Goiânia! Agora, falando um pouco do filme ‘Um Dia de Ontem’ que vai ser exibido hoje à noite no Festival, você interpreta um homem surdo de um ouvido, psicologicamente instável e que não sonha. Como foi dar vida a ele?

Caco – Então, este filme na verdade era para ser um curta-metragem. Para ser sincero, eu já até disse isso para os diretores Beto e Thiago, era um roteiro que eu não tinha entendido muito bem. Achei os diálogos malucos e confusos, enfim, mas algo me interessou ali.

BC – O que foi preciso para compor o personagem?

Caco – O filme foi absolutamente intuitivo, coisas foram acontecendo na hora e era aquilo. Eu estava muito cansado naquela fase, trabalhando pra caramba, então, sempre sonolento. Acho que foi daí que surgiu a ideia de fazer um longa, porque eu dava tanta pausa, ninguém conseguia cortar, daí o Thiago me ligou e disse que iríamos fazer um longa.

BC – Caco, é muito raro te ver sem a barba, por quê? É algum tipo de mania?

Caco – (risos) Ah! Eu me sinto melhor de barba. Quando eu estou sem, me sinto internamente fragilizado. As pessoas também não tem uma boa resposta, tipo ‘Ai, aquele ali fica estranho sem barba’. Eu pareço muito um menino sem barba!

BC – Que bom que é assim por que pelo menos você não aparenta ser ‘velho’ ao ponto de receber uma homenagem!

Caco – Não é?! (risos)

BC – Aquela perguntinha básica: você já trabalhou no cinema, no teatro e na TV. Em qual deles você se sente melhor, ou gosta mais?

Caco – Cara, eu me sinto mais seguro no teatro. Assim, eu não tenho paciência para temporada, por que eu gosto do processo de construção do papel. É bom poder testar coisas, chegar aos workshops sem pré... sem pré nada. (risos) Você ensaia, vai pra casa, pensa o que não está bom. No outro dia tenta de novo, até moldar o personagem. Na TV isso vai acontecendo com os capítulos, mas nem sempre agrada o autor. No cinema é mais complicado, por que você tem um personagem pronto.

BC – Tem algum personagem seu que você considera o melhor, algum que você fale 'neste eu arrasei'?

Caco – Olha, eu não tenho isso com nenhum trabalho meu. Eu tenho com momentos... Não tem nenhum filme que eu considere perfeito, mas momentos dele que me encantaram.

BC – E no teatro e na TV?

Caco – Eu não costumo me ver nas peças, nem em nenhum trabalho de televisão. Tem alguns momentos no cinema, raros, que eu falo ‘Uau! Este eu gostei pra caramba!’.

BC – Você tem ídolos?

Caco - Eu sou fã do Matheus Nachtergaele, sempre fui, na verdade. E sou cada vez mais do Wagner Moura.



Ah! E não se esqueçam que no domingo tem palestra do Só Para Mulheres Arena de Moda com Arlindo Grund.


Bjs,
Alê Parrode!

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