"São
sempre desatinadas as vinganças por ciúme."
-- Miguel de Cervantes
Olá, Meninas!
Desatinadas as notícias sobre o assassinato do
empresário Marcos Kitano Matsunaga por sua mulher, Elize, nos últimos
dias, ler esses desatinos nos jornais me fez parar para pensar um sentimento,
uma pulga que já parou atrás da orelha de todo mundo. É normal ter ciúme, mas
se vingar por conta dele extrapola os limites do amor, do auto-amor. Em
histórias românticas, o ciúme é o tempero que as torna mais interessantes de
serem lidas. Para Shakespeare, o ciúme é um “monstro de olhos verdes”; já para
outras pessoas, trata-se de um sentimento que indica o quanto o outro o ama e
pode ser considerado prova de amor. Mas existe uma relação clara entre o ciúme
patológico e a auto-estima rebaixada.
O ciumento é extremamente sensível, carente e
usa seu comportamento agressivo como forma de defesa. Traz sofrimento tanto
para si mesmo quanto para o seu companheiro, além de culpa e vergonha. Mas o
ciumento não consegue se controlar. Quando sente o ímpeto, isto se torna maior que
sua vontade e ele cobra, reage, age, magoa e se machuca, se perde, entra em um
círculo vicioso que pode levar a situações extremamente perigosas. E onde
está o fim? Está no reflexo do espelho, na imagem que temos de nós mesmas e
naquilo que mais gostamos nesta imagem. Combater o ciúme é levantar
cedinho para malhar, ir ao salão de beleza e abusar dos cuidados, fazer uma
massagem relaxante de vez em quando e usar um perfume inebriante.
É trocar uma investigação detalhada na rotina do
companheiro por um ritual de cuidados e preparos para um jantar a dois.
Deixar de lado o sentimento de posse exacerbada pelo prazer de amar sem
querer nada em troca, sem medo, sem paranoia e “teorias de conspiração”. Leve,
tão leve, que não há lugar para nada além da simples sensação de viver e estar
bem
Até
a próxima!
Bjs,
C.
